quarta-feira, 10 de junho de 2009

Não apetecia...


Só gosto de escrever de vez em quando.
De vez em quando e se me apetecer!
Hoje? Hoje estou no campo...
E apetecer, não me esta a apetecer.

Podia falar dos grandes pássaros,
Ou até dos pequenos ácaros.
Mas nem isso vou fazer,
Já disse: não me está a apetecer!

Já que não quero escrever,
Poderia um livro ler...
Mas ler dá-me inspiração,
E isso não quero não.

Podia então encostar-me
E na sobra a sesta dormir,
Mas as melgas estão a picar-me
E as abelhas não param de zumbir!

Nada fazer é aborrecido
E não é vida para mim.
É melhor ver se me decido,
Ou isto não terá fim!

Escrever não me apetecia
Mas acabou por dar jeito
Pois sem nada eu ter feito
O sol disse que não dormiria!

Sem força...


Caí sem chão,
Sem arranhão.
Tombei no ar,
Senti-me afogar...
No mar da solidão
Fiquei a vaguear.
Em tempos que vão,
vestida para lutar,
No mundo da perdição
Deixei-me amar...
Agora, sem arpão,
Só quero repousar.
A luta foi em vão,
Não vou recordar!
O silêncio dá-me a mão,
Não voltes! Não quero ficar...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Efémero …


Sou feliz porque posso correr,
E porque posso cantar também.
Ver os pássaros faz-me sorrir,
Ver-te também.
Porque tenho asas e posso voar,
Num mundo lindo e só meu,
Também sou feliz!
Sou feliz porque és feliz.
Sou feliz porque vejo o sol,
E a lua e as estrelas também.
O azul faz-me feliz!
Sou feliz porque os cães ladram e os gatos miam.
E feliz sou pela formiga que consegue alimento.
Saber que existes faz-me feliz.
Sou feliz por aquele instante,
O ano que passou faz-me feliz.
Um segundo contigo também.
A chuva que cai do céu,
O menino que ri no parque,
A onda que rebenta na areia,
A magia de uma noite encantada,
O floco de neve que derrete,
A borboleta que voou…
Todos os momentos me fazem feliz.
Todos são efémeros…

...isso não me faz feliz.