Cada dia da nossa vida aparece em branco... por escrever! É, e sempre será nossa, a decisão da escolha de cada letra com a qual vamos decorar, inventar e produzir os nossos poemas diários... a nossa vida! Se num dia o texto soou mal, é igualmente nossa a decisão de aproveitar a nova folha que se aproxima e recomeçar... o rascunho anterior jamais será desculpa! Somos donos dos nossos poemas. Temos o lápis e a borracha, é nossa a vontade!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Agora que é chegada a hora...
Agora que é chegada a hora de partir,
Despojo-me da carne apodrecida
Ponho nu a alma outrora adormecida
E corto os punhos ao corpo que vejo esvair...
Perco-me por labirintos de desejos inconscientes
Entrego-me às almas que só elas sabem sentir
Julguem-me os Deuses por amores desobedientes
Tragam carrascos e levem-me os Anjos a cair
Agora que é chegada a hora de sentir
Não quero menos que vício, obsessão…
A carne molhada e derretida… a fundir.
Mergulho em precipício, vertigem sem chão!
Renasço no teu sal, bebo da tua alma… consumo-me
Sou espírito em urgência de se perder no imenso
Condenem-me os astros se à luz torno em lume
Se asas renascem e ao que é puro e cru pertenço...
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