segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Hoje não vou...


Hoje não vou...
Quero o meu espaço, o meu tempo
Um tempo que em nada me ajuda, é certo...
Mas que é meu e por isso o reclamo!
Tempo de ausência, até de mim.
Espaço de indiferença,
Tempo vazio a correr,
Espaço em vácuo que me sugue!

Hoje fico...
Quero o teu silêncio a escutar o meu
Silêncio em turbilhão de confusão simples
Mas que preciso escutar...
Turbilhão que me afogue em busca de ar
Silêncio que grite até doer,
Turbilhão que misture tudo,
Silêncio que seja simples, só.

Hoje fico, não vou...
E largo-me...Fora de mim...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Um poema de Natal



Quero escrever um poema de Natal.
Tem que ter uma árvore enorme,
Colorida e com muitas luzes!
Um presépio original, mas sem menino Jesus
Que só nasce à meia-noite.
Tem que ter o cheirinho da canja de galinha
Mas com as galinhas do quintal da avó!
O tradicional bacalhau e o frete das couves.
Tem que ter a confusão dos pratos e copos
E de ninguém saber o seu lugar na mesa.
Tem que ter o gosto das filhoses,
Bem quentinhas e com muito açúcar!
Tem que ter o barulho das crianças e dos adultos.
E um relógio que teima em não dar a meia-noite.
Tem que ter aquele frio gostoso na barriga
E olhos brilhantes ao abrir os presentes.
Tem que ter abraços e beijos por todo o lado!
É Natal!
Fica a saudade…