Cada dia da nossa vida aparece em branco... por escrever! É, e sempre será nossa, a decisão da escolha de cada letra com a qual vamos decorar, inventar e produzir os nossos poemas diários... a nossa vida! Se num dia o texto soou mal, é igualmente nossa a decisão de aproveitar a nova folha que se aproxima e recomeçar... o rascunho anterior jamais será desculpa! Somos donos dos nossos poemas. Temos o lápis e a borracha, é nossa a vontade!
terça-feira, 5 de abril de 2011
Juntos no escuro...
Hoje sou de todas as cores...
Tenho o luto do branco, a imensidão do preto
Dei-me à guerra que não pedi e perdi-me
Olhei a maneira como me observas
Prostrei-me à coragem da Natureza
Porque brota na pedra mais dura
Achei-me, reinventei-me,
E fomos um beijo alvoraçado,
Um abraço apertado em olhos de luz
Mas chorámos sozinhos no escuro...
E porque hoje sou de todas as cores...
Tenho a languidez do purpura, a revolta do vermelho
Dei-me a sentir e emaranhei-me no laço
Olhei o precipício onde nos jogamos
Rendi-me ao sufoco da queda,
Asas livres pedem sempre mais...
E somos um beijo em urgência...
Corpos misturados em olhos de sede
E porque o fruto proibido é doce,
A natureza da batalha é inflamável
E as leis da terra de todas as cores.
Mas choramos sozinhos no escuro...
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