segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mais...

Para além do que foi, o que há?
Se no que foi tudo foi… e tanto foi.
Para além do que ficou em pele pintado,
O que se pinta a ser novo?
O que resta para marcar quando nada se apaga?
Para além do círculo dourado que é,
Que outro círculo pode existir a ser tanto e mais?
Se ainda é círculo indecifrável em mãos tuas…

Em mãos alheias…

Se está fechado num aberto em sempre...
Em criação que foi e nas que não foram,
Que criações são diferentes... a ser em mais?
O que resta para ser além do tudo que foi já pedido?
O que se pode dar quando tudo já foi tido?
Das almas nuas, oferendas submissas em espera eterna
Roça o divino, carnal e brutal…
Em amores sem ser, em uso a abrir…
Em amor por demais…
Para além do que dado foi - só - por ser pensamento?
O que se cria depois das memórias que se não apagam,
Em Amor transcendente, dependente em vício… se já foi porque pode ser mais?


O que é tudo a ser quando tudo já foi?


O que fica para ser aqui…
Se tudo já foi e tudo é novo em mim…