terça-feira, 30 de março de 2010

Pudera eu não sentir...


Que caminhos estes que os não acho?!
Busco respostas que palavras desconhecem
Os trilhos são perdidos
Os sinais - se é que o são -
Estão confusos, fortes... assustadores!
Fujo das respostas tanto quanto as quero
Perco-me no que sinto ou julgo sentir
E regresso ao circulo de sempre...
Fechado, decadente...
Em redor sinto pontes invisíveis
Uma travessia obrigatória!
Mas como cruzar o rio sem lhe saber o fundo?
Sem lhe adivinhar a margem?
Desvio-me e tudo são mistérios...
Pedras imponentes que aquecem o espírito,
Confundem o corpo... distorcem a mente!
Sonhos que são, mesmo antes de ser
Horas que se repetem sem repostas
Uma areia que reconforta o espírito
Ou seja o que for mas que existe!
Existe... forte, persistente, poderoso...
Sinto... não compreendo!
Pudera eu não sentir e tudo eram rosas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pode ser um dia mau apenas...


A ideia tem-me ocorrido
Confesso, até mais do que queria…
Mas hoje é diferente, não é mais ideia
Nem certeza… mas sei-o…
Nós…
Talvez por o não querermos
Talvez por não o sabermos fazer ser…
Não sei, não te conheço… devia!
- devias conhecer-me também –
Mas não o sinto.
Eu, tu…
Estranhos que trocam beijos, dividem cama
Desencontrados que disfarçam o tempo com passeios…
Vazios e sem espaço para sermos nós
(Com medo?)
Dois que até se gostam sem saber porquê
Dois que não se sentem um… nem o sabem ser,
(ou não querem?)
Nós…
Hoje não certamente… amanhã é longe,
Logo se vê.
Pode ser um dia mau apenas…
Mas não vai dar.