Diz...
Ou não...
Explode em gritos mudos
Segreda só para ti os verbos mais intensos
se mais ninguém os souber
Souber...
Com o saber da alma velha...
Sentir...
Aperta o nó de cada letra
Da à palmatória a mão já dorida
Canta disparates ao ouvido de um surdo
Porque não interessa
Se os ouvidos para quem gritas ouvem o mesmo.
Não digas se para isso desceres à futilidade dos que não se sentem
Não concertes frases para que te entendam
Deixa-te ser louco!
Não permitas que a tua loucura caia num jogo vão...
Jamais!
Não digas a ninguém cuja terra é esta
Embala com a tua voz os Anjos
E Eles apenas...
Joga com quem está à altura!
E aí sim, diz!
Emaranha-te com o frenesim
Não deixes que te calem...
Mas fala só se for assim.