sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Diz...

Diz...

Ou não...
Explode em gritos mudos
Segreda só para ti os verbos mais intensos

se mais ninguém os souber

Souber...
Com o saber da alma velha...

Sentir...

Aperta o nó de cada letra
Da à palmatória a mão já dorida
Canta disparates ao ouvido de um surdo
Porque não interessa
Se os ouvidos para quem gritas ouvem o mesmo.

Não digas se para isso desceres à futilidade dos que não se sentem
Não concertes frases para que te entendam
Deixa-te ser louco!

Não permitas que a tua loucura caia num jogo vão...
Jamais!

Não digas a ninguém cuja terra é esta
Embala com a tua voz os Anjos
E Eles apenas...
Joga com quem está à altura!

E aí sim, diz!
Emaranha-te com o frenesim
Não deixes que te calem...

Mas fala só se for assim.