quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ácido

Venham bolas de chumbo, derrubem-se os muros
não quero mais a perdição em que me deixa o espinho
Venham os mapas sem linhas...
Barafusto sem timidez a revolta de não saber
Sou peso na cama revirada em sonhos que teimam escurecer
Bebedeira hoje só de ácido... a doer na carne
ou deixar-me em silêncio para sempre se for esse o tempo
O Destino o sabe... Só Ele o pintou.
Da lógica já desisti, mas preciso achar-me.
Fiquem os escritos para os outros…
Que sabem de razão se a não dizem irracional e crua?
Que sabem do nada do espírito a ser tanto?
Da dor da carne no prazer sem sentido?
Do céu que desaba na profundeza da terra?
Do cheiro a sangue nas entranhas do ser?
Que sabem do ácido em vicio mortal
Bebedeira consciente?
O que sabem do que dizem saber ?
Que se lixem! Morram!
Nada sabem do que sinto… do que é.
Se não tenho paz derradeira para me poder dizer e achar, grito
Mas é hoje...
Se é magia jamais será luto.
Mesmo se de ácido for...

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